É absolutamente inconcebível uma Gestão Pública com práticas atrasadas, nos moldes do século XX, mecanicista e avessa à mudança. Ela precisa avançar no processo de renovação, saindo da aprendizagem em circuito simples onde se procurava apenas corrigir os erros para uma nova aprendizagem em circuito duplo onde há um esforço de reflexão que influencia e demanda novas ações e práticas gerenciais.
Hoje, o mundo globalizado exige organizações enxutas, eficientes e competitivas. Há, portanto, uma necessidade premente por uma implementação de um processo de renovação e melhoria constante nas empresas. Nesse contexto, a gestão pública, também, está sob forte pressão por mudança com vistas ao alcance de maior capacidade competitiva e aumento da eficiência, implicando mudanças organizacionais que possibilitem agilidade e diminuição da complexidade burocrática na implantação de novas estratégias. Ou seja, a nova Gestão Pública deve desenvolver-se competitivamente e atuar sob metas e objetivos na busca por produtividade e melhores resultados.
Não há mais espaço para aquela Gestão Pública repetitiva e rotineira, sem novidade e sem perspectivas de renovação, que não respeita o cliente, o contribuinte e não dá satisfação à sociedade. Urge, de forma extrema e necessária, a implementação de uma nova Administração Pública que valorize e promova o servidor público, o contribuinte que é quem banca todo o setor público, que seja dotada pela capacidade, ética e transparência e seja eficaz.
Para isso, é importante e necessário considerar alguns aspectos:• Comportamento humano: as pessoas formam o conjunto maior de valor de uma organização. É através delas que as organizações se realizam.
• Continuidade e descontinuidade administrativa: coragem e atitude para continuar com o que gera resultado e eliminar o que gera desperdício.
• Flexibilização e adaptação permanente: conhecimento e uso dos limites e condição de adequação aos novos processos.
• Reformulação da estrutura organizacional: a eficiência da gestão pública resulta da qualidade do desenho das instituições, bem como da atuação da administração, ao nível da delegação de poderes, das regras de financiamento, dos incentivos, etc.
• Sair definitivamente da Administração Patrimonialista para a Gerencialista: a gestão pública brasileira é historicamente caracterizada por uma administração patrimonialista, modelo que presume o paternalismo, o nepotismo e o empreguismo, não fazendo distinção entre as esferas de atividade pública e privada. É preciso mudar e já.
• Migrar da gestão baseada na rotina para a gestão baseada na mudança: a administração mecânica e repetitiva deve dar lugar a uma Gestão Dinâmica, aberta, democrática e participativa.
• Processo de melhoria contínua: o aprendizado contínuo é ferramenta relevante das empresas competitivas. Treinamento e capacitação permanentes são importantes para a maximização de resultados
• A tecnologia: o catalisador das transformações, modernidade e economia de tempo e recursos.
• Desenvolvimento de lideranças: as organizações não aceitam mais os chefes. Elas precisam de líderes para tomar frente nas ações e alcançar grandes conquistas.
• Mudar da Administração para a Gestão Pública: pressupõe prestar atenção aos circuitos de tomada de decisões. A nova gestão pública consiste em adequar os meios de intervenção pública aos fins previstos. Gerir implica a busca da eficiência na aplicação dos recursos públicos.
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