segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Comunicação e Hierarquia nas Organizações

A forma como as pessoas se comunicam e, por conseguinte, como lidam internamente com a comunicação de modo a obter uma cultura favorável aos objetivos almejados pela organização é uma das questões mais importantes para as empresas, hoje, em todo o mundo. Assim, entender como a comunicação se processa dentro das organizações é uma das condições fundamentais para se chegar às raízes de problemas que podem interferir nos resultados e exigir mudanças e transformações. Por isso, é importante trabalhar na comunicação, com abertura de canais, conscientização e engajamento dos funcionários numa mesma diretriz empresarial para que se possa criar uma cultura de delegação de responsabilidades e autoridade às pessoas, as quais devem sentir-se parte integrante dos processos de mudanças. Sem nenhuma dúvida, constata-se que a comunicação é importante para o acompanhamento e avaliação de resultados obtidos na organização como um todo. Envolver as pessoas, por sua vez, implica compartilhamento dos sentimentos de missão, capacidade de agregar valor e de contribuir para o sucesso da empresa. 
        O desafio maior dos gestores é tornar as empresas mais competitivas e sobreviver no mercado globalizado. A exigência da promoção de mudanças estratégicas reconfigura o papel da comunicação empresarial. Hoje, não se pode imaginar uma empresa que se pretenda líder de mercado e que volte as costas para o trabalho de comunicação. Na verdade, a comunicação é conceituada como o processo complexo através do qual as pessoas tentam compartilhar significados através de mensagens simbólicas. A comunicação constitui um dos elementos essenciais no processo de criação, transmissão e formalização do universo simbólico de uma organização.
        Hierarquia é a autoridade que um superior tem sobre um subordinado e se desenvolve do topo para a base da organização. Essa cadeia é resultante do princípio de comando e deve ser usada como canal de comunicação e de tomada de decisão.A hierarquia ganhou ênfase com a burocracia que defendia um sistema capaz de indicar, aos olhos de todos, aqueles que detêm o poder. Daí surge a tendência à utilização intensiva de símbolos ou sinais de status para demonstrar a posição hierárquica, como o uniforme, localização da sala, do banheiro, do estacionamento, do refeitório, tipo de mesa etc.
        A estrutura hierárquica nas organizações foi formulada apartir dos traços hierárquicos da Igreja Católica e das organizações militares. Com a teoria clássica da administração, ela ganhou mais peso no entendimento de que formava a base da organização formal e seria através das linhas de comando e de comunicação que a organização deveria funcionar. Observa-se, portanto, que ao se projetar essa organização altamente formal, esta estava se encaminhando a tornar-se uma grande máquina. Não obstante ela tenha sido idealizada para atender a uma nova concepção de trabalho advinda da Revolução Industrial, sua influência está presente em muitas organizações ditas modernas e sua utilização ainda é muito difundida. Entretanto, constantes movimentos administrativos, principalmente a partir do século XX, vêm questionando a hierarquização das organizações, propondo novas configurações, tanto administrativas quanto da estrutura organizacional, propriamente dita. Das novas tecnologias de gestão organizacional, destaca-se o empowerment como forma de minimizar a questão hierárquica nas organizações.
        A hierarquia ganhou ênfase com a burocracia que defendia um sistema capaz de indicar, aos olhos de todos, aqueles que detêm o poder. Daí surge a tendência à utilização intensiva de símbolos ou sinais de status para demonstrar a posição hierárquica, como o uniforme, localização da sala, do banheiro, do estacionamento, do refeitório, tipo de mesa etc.
        A hierarquia é a negação da autonomia, liberdade, espontaneidade, criatividade, dignidade e independência. Ela faz as pessoas procurarem orientação ou aprovação em quem se encontra em posição superior, a fim de não errar, promovendo por isso a rigidez e a timidez. As pessoas ficam com medo de transmitir más notícias ou sugestões de aprimoramento para cima, porque isso pode significar que o chefe deveria ter pensado nas inovações mas não o fez. Por isso, subir na hierarquia poderia depender muito mais de habilidade do que de talento.
        Esse modelo começou a sucumbir apartir do momento em que as empresas procuraram adotar sistemas mais enxutos, menos complexos, com menos cadeia de comando e onde as pessoas poderiam transitar bem mais à vontade numa organização com menos níveis hierárquicos expondo suas críticas e sugestões para uma melhor eficiência dos trabalhos, principalmente pela maior rapidez nas tomadas de decisões. Surge, então, uma novo modelo de gestão onde a capacidade e a responsabilidade pela solução dos problemas passa a ser tarefa de todos: o empowerment.
        O empowerment surgiu como criação ou fortalecimento do poder decisório nas mãos das pessoas da organização. Com o desenvolvimento da tecnologia, portanto, foi concedido às pessoas a oportunidade de participarem ativamente do processo de tomada de decisão (e, também, decidirem).
        Assim, pode-se concluir que empowerment é dar poder e responsabilidade para o funcionário desempenhar determinada tarefa, vinculando-se o seu uso a metas bem definidas e a constantes avaliações. Envolve autonomia com limites e almeja-se como efeitos, produtividade, autoconfiança e auto-estima, além do atendimento dos clientes, substituindo-se a hierarquia tradicional por equipes autogerenciadas capazes de produzirem melhores resultados.

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